A data de nascimento poderá variar entre os anos de 1980 e 2000; já foram denominados geração Y, mas a designação “millennials” ganhou força e acabou por ficar para sempre.
Em 2001, Marc Prensky, escritor norte-americano e professor, chamou a atenção para esta realidade, introduzindo então conceitos distintos no seu texto “Digital natives, digital immigrants”, mas muito associados à nova geração dos “millennials”.
No entender deste catedrático, os nativos digitais podem ser vistos como sendo “aqueles que nasceram com a tecnologia e cuja linguagem digital dos jogos de vídeo e da internet é fluente”.
Já os denominados imigrantes digitais falam a mesma linguagem, mas com uma espécie de “sotaque”, mostrando maiores dificuldades em compreender e expressar-se digitalmente.
De uma forma ou de outra, os “millennials” são a geração de futuro, aquela que começa a entrar nas empresas e a definir as regras de jogo no mercado de trabalho.
Segundo dados do mais recente “Deloitte Millennial Survey, 2017”, esta é uma geração que procura “estabilidade e oportunidades, mas num mundo ainda muito incerto”.
E se é bem verdade que em 2016 o mesmo estudo da Deloitte apontava para a possibilidade de muitos “millennials” “estarem a planear a sua saída, a curto prazo, dos locais de trabalho” em busca de novos desafios, a verdade é que, após 12 meses de agitação política e social, “essas ambições surgem mais moderadas”, diz a Deloitte.
No seu estudo é possível perceber que os jovens profissionais estão agora “menos propensos a deixar a segurança dos seus empregos, mais preocupados com a incerteza de alguns conflitos e, especialmente nos países desenvolvidos, não se apresentam tão optimistas quanto às perspectivas de futuro”.
Ainda assim, este tipo de profissionais a trabalhar em mercados emergentes espera conseguir ser financeira (71 por cento) e emocionalmente (62 por cento) melhor do que os seus pais. Já nos mercados mais maduros, apenas 36% dos “millennials” prevêem “vir a ter um suporte financeiro melhor do que o dos seus pais”.
No que diz respeito aos negócios, a Deloitte apurou que esta geração tem uma perspectiva positiva: 76% dizem que as empresas, em geral, estão a assegurar um impacto positivo na sociedade.
Estes são profissionais que assumem, no seu local de trabalho, a gestão de várias tarefas sentindo-se aqui “mais capazes de causar um bom impacto no mundo”. Diz a Deloitte que os inquiridos não apoiam “líderes que assumem posições passíveis de provocar divisões internas ou que optem por transformações radicais em vez de mudanças graduais”.
No que toca ao seu horário laboral e, apesar de perceberem as vantagens das quais desfruta um freelancer, a verdade é que “quase dois terços dos ‘millennials’ asseguram preferir um emprego a tempo inteiro”.
Finalmente, o estudo Deloitte revela ainda que os “millennials” “tendem a ter uma opinião amplamente positiva” sobre a “nova” geração Z (actualmente com idade igual ou inferior a 18 anos), acreditando que o grupo “conta já com fortes capacidades na área das tecnologias de informação e uma boa capacidade de pensar criativamente”. Seis em cada 10 “millennials” acreditam que esta geração “terá um impacto positivo à medida que a sua presença no local de trabalho se vai expandindo” sendo essa opinião mais marcante “nos mercados emergentes (com cerca de 70 por cento) do que nos mercados maduros (52 por cento)”.
O estudo da Deloitte ouviu cerca de oito mil “millennials” de 30 países diferentes.
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Fonte: Deloitte